quarta-feira, 25 de março de 2015

UM LEMBRETE

Quando quiser lembrar de mim, lembre-se do modo que eu te olhava e não da cor ou formato dos meus olhos. Lembre-se do que me fazia sorrir e não da minha boca ou som que dela saía. Quando quiser de mim recordar, lembrar quem eu realmente era, pense nos motivos que me faziam querer viver, os meus desejos, os sonhos que eu trazia no coração e a paixão com que os buscava; ao invés de pensar no meu tamanho, na minha cor, nas roupas que eu usava. Quando for relembrar a força da nossa amizade, ou do nosso amor, sinta em seu coração a intensidade e verdade de cada abraço, cada beijo e de cada palavra de amor; não dos presentes ou objetos que provavelmente trocamos ao longo da vida... e no final, se ainda não se lembrar de mim, tenha certeza, nós nunca nos conhecemos.

2 comentários:

  1. Lindo texto... embora minha cara Gilquele - vejo, na verdade, uma longa poesia em forma de prosa. Sinto em suas palavras veemência e forte elo com a sensibilidade poética. Parabéns pela prosa/poesia... o leitor se sente maravilhado ao ler essas palavras, que se desfaz como as pétalas das rosas que caem quando estamos no outono... Continue escrevendo e espalhe seu amor para as pessoas se amarem mais...

    ResponderExcluir